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MITO. O mercúrio é um dos componentes do timerosal, o conservante mais utilizado em vacinas multidoses. Ele é empregado desde 1930 em concentrações muito baixas e os estudos mostram que não há risco para a saúde, pois é expelido rapidamente do organismo. De qualquer forma, o timerosal já não faz parte da formulação de nenhuma vacina em apresentação monodose, estando presente apenas em vacinas multidoses (mais de uma dose por frasco).
Em 1998, foi publicado um artigo em que o autor afirmava ter encontrado relação entre a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. Mais tarde, descobriu-se que ele havia recebido pagamento de escritórios de advocacia envolvidos com processos de indenização contra indústrias farmacêuticas. O autor foi criminalmente responsabilizado, teve o registro médico cassado e o artigo foi retirado dos arquivos da revista Lancet, onde fora publicado.
Inúmeros estudos sérios têm sido conduzidos para verificar a relação entre a vacina e a doença e nenhum encontrou qualquer evidência. Um dos maiores foi divulgado em 2015 e avaliou 95.727 crianças nos Estados Unidos, entre 2001 e 2012. A análise dos dados mostrou que a vacinação com uma ou duas doses da tríplice viral não estava associada com um risco aumentado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em qualquer idade.
MITO. Os desmaios (ou síncopes) estão associados ao medo de agulha, de sentir dor, à ansiedade. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), ainda não se sabe com que frequência eles ocorrem após a vacinação, entretanto, os dados do Sistema de Notificação de Eventos Adversos Pós-vacinação mostram que a reação é mais comum entre os adolescentes. De janeiro de 2005 a julho de 2007, 62% das notificações de sincope nos Estados Unidos foram registradas em adolescentes com idade entre 11 e 18 anos.
MITO. A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central caracterizada pela destruição da membrana que protege os neurônios. Segundo o Center for Disease Control (CDC), não há evidências científicas que comprovem a relação entre a vacinação e o desenvolvimento dessa doença.
MITO. A vacina da gripe usa vírus inativado (morto) em sua composição, portanto, NÃO é possível que provoque a doença. É importante destacar que a função da vacina é prevenir. Sendo assim, se a pessoa que foi vacinada já estiver infectada, vai desenvolver a doença. Por essa razão é tão importante se vacinar antes do início da temporada da gripe. Os eventos adversos mais comuns após essa vacinação são: dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação. Febre baixa, dor de cabeça e muscular também podem acontecer.
MITO. Algumas vacinas, como a da gripe, da hepatite B e da difteria, tétano e coqueluche são especialmente indicadas a gestantes, para a proteção delas e também do feto e do bebê após o nascimento. A aplicação de outras vacinas inativadas deve ser avaliada pelo médico, considerando cada caso (riscos individuais, moradia em região endêmica para determinadas doenças, ocorrência de epidemias, etc.). As vacinas atenuadas (febre amarela, tríplice viral, varicela, herpes zóster) em geral estão contraindicadas. É importante lembrar que a gestante deve sempre consultar seu obstetra antes de se vacinar.
MITO. A vacinação, geralmente, não está contraindicada nessa fase e pode ser realizada normalmente. Aliás, é desejável que ocorra, para evitar que a mãe transmita vírus ou bactérias ao seu bebê. Apenas duas vacinas estão contraindicadas para mulheres que estejam amamentando: febre amarela e dengue. A primeira deve ser evitada nos primeiros seis meses de vida do bebê, exceto quando a mulher viver em zonas de transmissão do vírus — neste caso, a amamentação deve ser suspensa por 10 dias. A vacina da dengue está contraindicada para todas as nutrizes, independentemente da idade do bebê.
MITO. A segurança da aplicação simultânea de vacinas e/ou de vacinas combinadas (contra mais de uma doença) é comprovada cientificamente e não sobrecarrega o sistema imunológico. Para se ter uma ideia, durante um resfriado ou uma dor de garganta, uma criança é exposta a quantidade maior de germes do que quando recebe vacinações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vantagem da aplicação simultânea é diminuir as visitas à clínica de vacinação ou Unidade Básica de Saúde, o que reduz gastos — com transporte, por exemplo — e facilita a adesão, uma vez que aumenta a chance de completar o esquema vacinal.
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